Suprema Corte conservadora restringe critério racial na admissão de alunos em universidades estadunidenses

Durante décadas, ações afirmativas foram implementadas para combater desigualdade e proporcionar oportunidades educacionais para grupos historicamente marginalizados. Ao considerar a raça como um fator na admissão universitária, as instituições buscavam corrigir as discrepâncias e criar ambientes mais diversos e inclusivos.

No entanto, a revogação do critério racial gera consequências negativas. Ao deixar de levar em conta a raça, interrompe o processo da tentativa de correção, volta a perpetuar desigualdades existentes e limita o acesso a grupos sub-representados. Tal exclusão resulta em uma diminuição da diversidade nas instituições, comprometendo a riqueza de perspectivas e experiências necessárias para um ambiente acadêmico enriquecedor e, consequentemente, da sociedade.

É importante estarmos alertas, o debate sobre cotas no Brasil, muitas vezes, se dá sob analises meritocráticas e conservadoras, como a proposta na Suprema Corte dos Estados Unidos, que apela para sua Constituição, numa suposta ideia de que fere a igualdade de direitos, é sempre possivel subverter uma ideia e transforma-la numa proposta que agrade a determinados grupos, ignorando violências históricas, contextos sociais e importantes pesquisas que ressaltam a necessidade de políticas afirmativas como as cotas raciais.

Em tempos de desinformação e ódio é importante estarmos atentos por aqui também.

É fundamental para nós reconhecermos que uma conquista para grupos preteridos nunca é a garantia de sua manutenção. O Observatório do Conhecimento reforça seu comprometimento com uma universidade pública, de qualidade e para todos!

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