As barreiras que as mulheres enfrentam na carreira científica

Betina Stefanello Lima é especialista em estudos de gênero e analista em Ciência e Tecnologia do CNPq desde 2002 com os programas de iniciação científica e o programa Mulher e Ciência. Em entrevista ao jornal O Globo, ela aponta que a participação feminina na ciência é prejudicada por uma série de obstáculos, além do chamado “teto de vidro”. Ela utiliza o conceito de “labirinto” para descrever essa realidade, que envolve múltiplas barreiras que impedem as mulheres de progredir na carreira científica. Entre essas dificuldades estão a falta de acesso a serviços de creche, que pode impedir as mulheres de dedicar tempo suficiente à pesquisa, e os estereótipos de gênero que influenciam o comportamento de meninos e homens em relação às mulheres na ciência.

A pesquisadora defende a adoção de políticas sociais que facilitem a participação feminina na ciência, como iniciativas de ampliação ao acesso à creche e campanhas educativas para promover mudanças de comportamento em meninos e homens. Além disso, ela destaca a importância de medidas institucionais, como ações afirmativas, para garantir a presença de mulheres na ciência. Betina tem trabalhado para promover a participação feminina na ciência, especialmente por meio de programas como a iniciação científica e o programa Mulher e Ciência. Ela acredita que é fundamental que o órgão adote medidas que facilitem a entrada e a ascensão das mulheres na área, como forma de garantir a igualdade de oportunidades e o avanço do conhecimento científico.

Leia a entrevista na íntegra. 

A representatividade de gênero e raça na Ciência é um dos eixos de atuação do Observatório do Conhecimento. Este ano nós lançamos o documentário “Ciência: luta de mulher”, que conta a história de quatro pesquisadoras de diferentes lugares do Brasil. O filme está disponível no YouTube.

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