MITO 7: As cotas sociais e raciais são injustas porque tiram vagas das pessoas que não se encaixam nesses critérios

O objetivo de políticas afirmativas como as cotas é corrigir distorções no acesso ao ensino superior público resultantes de desigualdades estruturais e históricas na sociedade. É um erro assumir que as cotas “tiram” vagas daqueles que não se encaixam nos critérios raciais e sociais. Os dados sobre o ensino superior público no Brasil mostram que, desde que as cotas começaram a ser implementadas, o número de vagas da chamada “livre concorrência” aumentou em 15%¹. Isso significa que, nas últimas duas décadas, o acesso ao ensino superior público foi expandido a todos os perfis de estudantes, independentemente dos critérios para se candidatar às cotas. As cotas sociais e raciais para o acesso ao ensino superior público foram implementadas pela primeira vez pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em 2000. Em 2004, a Universidade de Brasília (UnB) se tornou a primeira universidade federal a instituir o mesmo sistema. Em 2012, a chamada Lei de Cotas finalmente estabeleceu regras únicas para a adoção de cotas raciais e sociais pelas universidades e instituições federais².

Para saber mais: “Os 10 mitos sobre as cotas” (UFMG)


  1. Ribeiro, Renato J. A Pátria Educadora em Colapso. Três Estrelas: 2018.
  2. http://portal.mec.gov.br/cotas/perguntas-frequentes.html

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