Duas boas notícias para a pesquisa brasileira
Na semana passada a Ciência brasileira recebeu duas boas notícias do Governo Federal. Na quarta-feira (8), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) anunciaram o lançamento de um edital de R$ 100 milhões para apoiar projetos que promovam o ingresso e a formação de mulheres nas áreas de Ciências Exatas, Engenharias e Computação, bem como para combater a evasão dos cursos de graduação nessas áreas. A iniciativa visa garantir o acesso, permanência e ascensão das mulheres nas carreiras científicas e tecnológicas, além de promover a diversidade na produção científica do país. O edital terá como público-alvo estudantes do sexo feminino matriculadas no ensino médio e na graduação, incluindo Educação de Jovens e Adultos (EJA), e os projetos selecionados receberão recursos para custeio, além de bolsas para estudantes e professores participantes por um período de 36 meses.
A chamada pública Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação prevê que, no mínimo, 30% das bolsas deverão ser destinadas a meninas negras e/ou indígenas, e os projetos serão executados por meio de redes formadas por pelo menos três pesquisadores, preferencialmente mulheres, vinculados a diferentes tipos de instituições em todo o país. A ação aprimora as iniciativas do CNPq em promover o estímulo à inserção de meninas nas ciências, com duas chamadas anteriores lançadas em 2013 e 2018, contemplando 450 projetos. O presidente do CNPq, Ricardo Galvão, destacou que a nova chamada atende a uma importante demanda da comunidade científica e demonstra o compromisso do governo com a questão de gênero na ciência, destinando recursos significativos para a ação.
O edital terá como público-alvo estudantes do sexo feminino matriculadas no ensino médio e na graduação, incluindo Educação de Jovens e Adultos (EJA), e os projetos selecionados receberão recursos para custeio, além de bolsas para estudantes e professores participantes por um período de 36 meses.
A ministra Luciana Santos ressalta a importância da vontade política do Estado para superar a desigualdade de gênero na ciência e tecnologia. Para isso, o governo lançará um edital que busca assegurar o acesso, a permanência e a ascensão das mulheres nas carreiras científicas e tecnológicas. Apesar de as mulheres serem maioria nas bolsas de iniciação científica, com 60% de participação, apenas 35% das bolsas de produtividade, que são alcançadas no topo da carreira, são destinadas a elas. Segundo a ministra, essa desigualdade compromete a diversidade que é fundamental para garantir a excelência da produção científica do país.
No dia seguinte (quarta-feira, 9), o MCTI e o CNPq anunciaram um aumento no número de bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ) na categoria 2, destinadas a pesquisadoras e pesquisadores com, no mínimo, três anos de doutorado. Serão concedidas 500 novas bolsas para projetos aprovados na Chamada 09/2022, elevando o total de bolsas PQ aprovadas de 4.402 para 4.902, com as bolsas PQ 2 passando de 2.857 para 3.357. As bolsas serão distribuídas em diversas áreas do conhecimento.