Eleições 2022: Observatório do Conhecimento lança campanha “Eu voto na Ciência”

_Vamos construir um verdadeiro pacto pela educação, ciência e democracia, destacando candidatos e candidatas comprometidos com essa causa_

O Observatório do Conhecimento lança nesta semana a campanha “Eu voto na Ciência” para dialogar com a sociedade brasileira sobre a importância do voto em candidatos e candidatas que apoiam, incentivam e defendem as áreas de educação, ciências e pesquisa no país.

O objetivo é criar um verdadeiro pacto social pelo conhecimento e incentivar a composição de um Congresso que dialogue e valorize a produção do conhecimento nacional, por meio das universidades públicas e das comunidades acadêmicas e científicas.

Teremos uma longa batalha para revogar todos os cortes promovidos pelos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, com a anuência de parte do Congresso Nacional: os investimentos em ciência e tecnologia perderam cerca de R$ 100 bilhões no país nos últimos anos. E, no Brasil, isso significa a sentença de morte das universidades públicas e da ciência: mais de 90% da produção científica nacional é produzida dentro dessas instituições.

Como vai funcionar

Ao longo de dois meses, vamos produzir conteúdo e mobilizar nossas redes e comunidades em torno da importância da produção do conhecimento nacional para o Brasil, os desafios, resultados, essencialidades, promover a valorização da universidade pública e das comunidades acadêmica e científica do país, e mostrar os danos potenciais dos cortes e ataques de viés negacionistas. 

Selo de compromisso com a Ciência

A campanha também vai ajudar a sociedade a identificar os candidatos e candidatas à Câmara Federal que estão realmente comprometidos com o fortalecimento da educação pública, da ciência e tecnologia.

Para isso, criamos o selo “Compromisso com o Conhecimento”, que será destinado aos candidatos e candidatas que assumirem alguns eixos decisivos para a retomada de um projeto de Estado que valorize o saber científico como elemento fundamental para o desenvolvimento do Brasil:

  1. Recomposição orçamentária do conhecimento. É central o compromisso de que, a partir de 2023, o Congresso Nacional inicie um processo de recomposição dos recursos do conhecimento aos valores nominais de 2015, e que esta meta seja alcançada ao final dos quatro anos de exercício legislativo. Estabelecer mecanismos de estabilização do orçamento que evitem quedas brutas no financiamento das universidades federais e dos institutos de pesquisa.
  2. Retomar a meta número 20 do PNE atual, que prevê o investimento de 10% do PIB na educação pública.
  3. Elaborar políticas específicas que garantam a autonomia das instituições e de todas e todos que nelas atuam. Assegurar a liberdade acadêmica, a autonomia universitária e a ausência de constrangimentos por meio de políticas de financiamento de pesquisa. 
  4. Atuar pela correção dos valores de bolsas de pesquisa, bolsas de iniciação à docência, auxílios permanência e políticas similares, seja em projetos desenvolvidos no país, no exterior ou em entidades vinculadas à produção científica e tecnológica que contam com a colaboração de pesquisadores financiados por agências públicas de fomento.

O que é o Observatório do Conhecimento

O Observatório do Conhecimento é uma rede formada por associações e sindicatos de docentes de universidades de diferentes estados brasileiros e parceiros da área da educação, ciência e pesquisa, que se articula em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade e da liberdade acadêmica.

Iniciativa suprapartidária e independente, o Observatório do Conhecimento se mobiliza para enfrentar os cortes de investimentos no orçamento do ensino superior, além de monitorar e denunciar políticas e práticas de perseguição ideológica a reitores, professores, alunos e pesquisadores.

Fonte: Observatório do Conhecimento

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